Designam-se crianças que apresentam
dificuldades de aquisição de matéria teórica, embora apresentem
inteligência normal, e não demonstrem desfavorecimento físico, emocional
ou social.
Segundo essa definição, as crianças
portadoras de distúrbio de aprendizagemnão são incapazes de aprender,
pois os distúrbios não é uma deficiência irreversível, mas uma forma de
imaturidade que requer atenção e métodos de ensino apropriados. Os
distúrbios de aprendizagem não devem ser confundidos com deficiência
mental.
Considera-se que uma criança tenha distúrbio de aprendizagem quando:
a) Não apresenta um desempenho compatível com sua idade quando lhe são fornecidas experiências de aprendizagem apropriadas;
b) Apresenta discrepância entre seu
desempenho e sua habilidade intelectual em uma ou mais das seguintes
áreas; expressão oral e escrita, compreensão de ordens orais,
habilidades de leitura e compreensão e cálculo e raciocínio matemático.
Além disso, costuma-se considerar quatro
critérios adicionais no diagnóstico de distúrbios de aprendizagem. Para
que a criança possa ser incluída neste grupo, ela deverá:
a) Apresentar problemas de aprendizagem em uma ou mais áreas;
b) Apresentar uma discrepância significativa entre seu potencial e seu desempenho real;
c) Apresentar um desempenho irregular,
isto é, a criança tem desempenho satisfatório e insatisfatório
alternadamente, no mesmo tipo de tarefa;
d) O problema de aprendizagem não é
devido a deficiências visuais, auditivas, nem a carências ambientais ou
culturais, nem problemas emocionais.
Principais distúrbios de aprendizagem:
1- DISLEXIA
Refere-se à falha no processamento da
habilidade da leitura e da escrita durante o desenvolvimento, é um
atraso no desenvolvimento ou a diminuição em traduzir sons em símbolos
gráficos e compreender qualquer material escrito. São de três tipos:
visual, mediada pelo lóbulo occipital fonológica, ediada pelo lóbulo
temporal; e mista, com mediação das áreas frontal, occipital, temporal e
pré-frontal.
2- DISGRAFIA
É uma deficiência na linguagem escrita,
mais precisamente na qualidade do traçado gráfico , sem comprometimento
neurológico e/ou intelectual.
Nas disgrafias, também encontramos níveis
de inteligência acima da média ,mas por vários motivos ,apresentam
escrita ilegível ou lenta.
A ‘letra feia’ (disgrafia) está ligada à
dificuldades para recordar a grafia correta para representar um
determinado som ouvido , ou elaborado mentalmente.
A criança ,escreve devagar ,retocando as letras , e realizando de forma inadequada as uniões entre as mesmas.
Normalmente as amontoa ,com o objetivo de esconder os erros ortográficos.
Assim como a dislexia ,a disgrafia também
está relacionada à má organização de espaço temporal, fazendo com que
uma organização de caderno, por exemplo, seja ‘inexistente’.(usa espaços
inadequados entre as palavras, margens inexistentes, letras deformadas,
escrita ascendente ou descendente ,etc).
3- DISCALCULIA
A discalculia, é a dificuldade ou a
incapacidade de realizar atividades aritméticas básicas, tais como
quantificação, numeração ou cálculo.
A discalculia é causada por disfunção de áreas têmporo–parietais, muito compatível com o exame clínico do TDAH.
Vale lembrar que alguns indivíduos têm
menos aptidão para matemática do que outros, e nem por isso pode-se
diagnosticá-los como se tivessem discalculia.
A discalculia está quase sempre associada à quadros de dislexia e do TDAH. (onde se encontram indivíduos com QI acima da média.)